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sábado, 26 de outubro de 2013

A utopia na câmara de gás


Por Claudio Pereira
A Revolução Russa de 1917 foi um dos momentos mais marcantes da história da humanidade. Pela primeira vez na história provou-se que era possível abolir a nefasta sociedade de classes. A Revolução Russa abriu precedentes para a revolução dos trabalhadores no plano internacional. Não é atoa que o século XX foi marcado por revoluções. A utopia floresceu nos corações e mentes pelo mundo todo. A burguesia assustada articulou a reação: invadiu a Rússia, infiltrou-se nos movimentos operários, financiou ditaduras no terceiro mundo e o nazi-fascismo na Europa.  
Che Guevara disse que a Revolução Cubana não se encerrou com a derrubada da ditadura de Fulgêncio Batista, mas que a partir daquele momento ela estava apenas no início e num processo contínuo. As provas disto são a própria Cuba que diante de um nefasto embargo econômico denota a inviabilidade do socialismo em um só país e a revolução socialista Russa que não teve continuidade e se degenerou num falseamento do socialismo, a principio com o stalinismo, depois com a Perestroica e a glasnost de Gorbachev, sem dúvida, algo muito útil para a burguesia.
A derrocada da URSS em 1991 marcou o início de uma nova ordem mundial. Um idiota decretou o fim da história. A burguesia com a história na mão tratou de matar a utopia, a capacidade humana de sonhar por um mundo melhor. Ao passo que monopoliza o conhecimento, imbeciliza os trabalhadores por meios diversos controlados por ela. Diante de sombria realidade podemos cair no discurso falacioso do economês ou no pessimismo de que nada é possível, andando no trilho unilateral do liberalismo econômico, mas por mais que a burguesia tente tapar o sol com a peneira, manifestações pelo mundo a fora denotam a insatisfação popular diante da precariedade socioeconômica e ambiental da maioria.
Cuba como um dos únicos países que nega a ditadura do capital, nos dá ótimos exemplos na saúde, na educação, no esporte, na segurança pública, no meio ambiente, mesmo com poucos recursos e o embargo econômico financiado pelos Estados Unidos. Os movimentos sociais brasileiros são outro exemplo salutar de que a utopia está mais viva do que nunca, embora entre a massa de alienados ela esteja na câmara de gás.  

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