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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Queres ir morar nos Estados Unidos e não preenche os requisitos legais (és pobre) para adentrar o território do grande reino imperialista? Adquira a naturalidade cubana.

No documentário Por uma outra Globalização com o geógrafo baiano Milton Santos, o ex-presidente dos EUA George Bush comemora o resultado positivo da política de repressão contra os imigrantes ilegais brasileiros. O atual “democrata” quer flexibilizar as leis anti-imigração e fixar um prazo de permanência no país para cerca de 11 milhões de latinos. Ora, uma mão-de-obra barata não pode ser descartada facilmente, isto contraria a mais-valia.
Ainda hoje, milhares de brasileiros tentam migrar para os países capitalistas do norte (EUA, Espanha, Alemanha, França, Japão) em busca de melhores condições de vida.
O que leva um imigrante viver humilhado em terras distantes? Simples: é o fato de saber que mesmo sofrendo preconceitos, vivendo fugindo da polícia e trabalhando precariamente nos países centrais do capitalismo, consegue ter melhores rendimentos, pois há precariedade socioeconômica e pouca expectativa de êxito econômico no seu país de origem. Não é fácil sobreviver em um país que é a sexta maior economia do mundo, mas que ocupa a posição de 84º no ranking do IDH dos países.
Vergonhosamente, o governo tenta esconder do povo as contradições sociais do Brasil. Leiloa as riquezas e empreendimentos estatais a preços irrisórios, ao passo que os problemas sociais só agravam.
Os jornais por sua vez, vacilam na contradição com matérias tendenciosas e servis aos interesses da burguesia e do governo. Hoje por exemplo, divulgaram que a maior parte da população das favelas do Rio de Janeiro está na classe média.  Baseado em que critério se chegou a um resultado deste senão através de um critério puramente ideológico?
A flagrante contradição chega a ser cômica, pois ao passo que divulgam matérias da natureza da supracitada, as demais são repletas das mazelas que assolam a maioria da população brasileira cotidianamente, tipo epidemias sazonais causadas pela falta de educação do povo e por falta de infraestrutura das cidades, violência no trânsito, bandidagem que se estende dos barracos da cidade ao congresso e as grandes corporações, escolas sem teto, sistema de saúde precário, déficit público crescente, corrupção generalizada etc.
Será que a dissidente cubana Yone Sanches assiste jornais brasileiros? Será que a mesma teria plena segurança ao circular sozinha pelas ruas das medias e grandes cidades brasileiras sem correr o risco de ser assaltada ou sentir o odor proliferado devido à precariedade do saneamento básico? Será que consegue explicar porque Cuba enviou 1200 médicos para o Haiti enquanto o Brasil enviou o exército e a seleção brasileira? Ou então, porque aqui são sempre os mesmos governantes? Ou porque apenas seis famílias monopolizam todos os meios de comunicação do país ao seu bel prazer? Porque o seu país, mesmo sendo vitima de uma nefasta perseguição política têm indicadores sociais comparados e em alguns casos até superiores aos dos EUA e do Canadá? Ou então, porque a burguesia só se preocupa com Cuba, ao passo que se esquece e saqueia as pequenas e miseras nações do mundo subdesenvolvido?  
Farsas a parte caros leitores, o que me levou escrever este pequeno texto foi o fato de como os Estados Unidos são convenientes na questão da imigração no seu território. Os imigrantes cubanos são os únicos entre os países latino-americanos, africanos e a maioria dos países asiáticos com tratamento diferenciado ao pegarem o destino dos Estados Unidos. Claro que isto não tem nada de humanitário, na verdade não passa de mais uma estratégia nefasta dos ianques para minar a heroica resistência do socialismo cubano.