Não dá para passar em branco diante da farsa dos 50 anos do Golpe Militar
de 1964. Uma ditadura burguesa-capitalista violenta que teve um único intuito:
barrar o comunismo em ascensão pelo mundo e manter a ordem burguesa.
Hoje, os mesmos indivíduos que financiaram a ditadura no Brasil são os
mesmos que estão a comerar sua queda. Dá enjoo diante de tanta demagogia. Não é
tarefa difícil para eles, pois sabem muito bem da falta de conhecimento histórico
do povo e são conscientes que os militares fizeram bem o serviço. Fingir ser
democrata é uma forma de evitar uma insurreição e manter o status quo. Eles estão por aí a prometer uma coisa que jamais irão fazer: justiça social e econômica.
Dizer que lutou contra a ditadura virou sinônimo de status, pelo menos
para certos fascistas da indústria do entretenimento e de alguns círculos do poder
político e econômico. Mas quem realmente foi contra a ditadura? Ser contra a
ditadura, mas a favor do capitalismo não é uma contradição?
No Império Romano, os césares eram homens nomeados pela aristocracia para
barrar e aniquilar possíveis insurreições populares. Ocorre que quando os
mesmos cumpriam tal tarefa não queriam mais deixar o poder, desagradando os
patrícios que para retomar o controle político do império, precisavam golpear
quem eles nomearam para golpear os plebeus, não eles.
Nas ditaduras recentes não é muito diferente. Muitos vermes que hoje se
intitulam democratas ajudaram a implantar ditaduras pelo mundo a fora e depois tiveram que lutar
para derrubá-las para ter novamente o controle do estado-burguês. Hoje, para
muitos ignorantes, todo indivíduo que era contra a ditadura era supostamente de
esquerda ou comunista, democrata. O que tem de farsantes se promovendo à custa
disto! Alguns já foram até presidentes e mostraram sua real face pilhando a riqueza
do país em prol do capital internacional.
Após vinte anos de ditadura a ordem burguesa foi mantida: corrupção,
concentração de renda, falta de trabalho e moradia para muitos, divisão de classes, o preconceito em suas várias faces,
injustiça, violência, ensino público dosado e precário, marginalização da cultura de massa, inchaço urbano etc. Se a coisa não funciona é porque atualmente os
mesmos indivíduos que implantaram e financiaram a ditadura monopolizam os meios
de comunicação e os poderes político e econômico.
Reiteradamente, esses farsantes têm que mostrar as truculências da
ditadura nos seus meios de comunicação (livros, internet, revistas, televisão,
rádios), não como forma de conscientização política e libertação da consciência,
mas como ameaça para que as novas gerações aceitem o nefasto modelo socioeconômico
atual como melhor coisa que existe. Mas como nem todos são ingênuos, a máscara aos
poucos vai caindo. A republiqueta burguesa está em permanente crise de norte a sul, de leste a oeste e uma greve geral não vai tardar.
A ditadura aberta se foi, mas a ditadura camuflada está aí e, se parcela do
povo se libertar do legado da ditadura militar e começar se articular para acabar com o
capitalismo que só atrapalha suas vidas, pode ter certeza que outra ditadura
virá.
A burguesia está comemorando os 50 anos da ditadura. E você,
desprezado pelo sistema e que despreza a história, comemora ou comemorou de que forma?
Matar a memória
do povo sempre foi uma fortíssima arma de qualquer classe corrupta que almeja manter
o status quo. Matar quem luta por igualdade plena também. Se hoje aturamos a corrupção burguesa e acreditamos nos seus discursos falaciosos é porque algo está errado em nossas mentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário